A sociedade desde os tempos mais remotos, vive-se envolvida
em grupos e, portanto, o precedimento da orientação educacional não
formal fazia parte do convívio destes povos. Os mais velhos exerciam
este papel, ao contar uma história, brincar, dar atenção especial ao neto ou
qualquer outro parente chegado. Alguns avós e pais descobriam facilmente a
vocação do filho para determinada formação. Sem dúvida, é uma atividade
necessária na formação do ser humano e como prova, está presente, ainda que de
maneira implícita em toda a sua trajetória.
Com a revolução industrial, surge a orientação sistemática,
atendendo a política de interesse desse setor. Isto é, a necessidade de se
adequar a uma nova maneira de trabalhar, de viver a vida na sociedade, sendo a
mão de obra a anergia essencial ao progresso e a escolarização no
mínimo, saber ler e fazer alguns cálculos. No setor agrário nada disso era
cobrado.
Nos Estados Unidos, não final do século XIX e começo do
século XX, a orientação educacional entra em sena, no sentido de orientar os
estudantes a escolha profissional. Porém, em face outros desafios urge a
necessidade de orientá-los em outros aspectos, a preparação para
vida pessoal e social. Percebe-se que a orientação não era uma
necessidade da escola e sim do sistema escolar. Não se preocupava em desenvolver
o aluno e sim qualificá-lo para vida profissional. A partir deste momento,
a orientação educacional passa ser vista como uma questão pedagógica focada nas
necessidades dos professores.

Transcendência de fronteiras acaba por influenciar
outros países, inclusive o Brasil, que fez sua primeira
tentativa em 1931 de inserir a orientação educacional, começando
pelo o Estado de São Paulo, com a explosão das indústrias e
a mudança da economia, centrada na agro exportação de café.
Tal modelo orientador foi importado dos Estados Unidos e
portanto, inadequado para o Brasil.
A orientação fica nas mãos dos elitistas
que delimitava os filhos dos operários aos espaços de atuação. O propósito
maior era a profissionalização. Somente, a partir de 1940 a orientação
educacional passa ser divulgada em âmbito nacional, sitada e normalizada em
lei, Decreto Lei 4.073/42, na lei orgânica do ensino industrial, no Decreto
4.424/42 que contextualiza pedagogicamente sua importância para a
escola e educadores.
Já em 1946, a lei 4.024/61 mantem a importância da
orientação educacional, porém, sem muito sucesso devido, não ter
pessoal especializado nesta área. Para tentar, resolver tal problemas
estabelece provas de suficiência, nos locais onde não houvesse pessoas
preparado.

As leis 5.564/64 e 5.568 seu teor é de um desenvolvimento
integral e harmonioso da personalidade do educando e ao mesmo tempo, a formação do
orientador educacional deve abranger conhecimento na área de
humanas. Porém, tais leis não eram aprovada de
forma democrática.
A lei 5.692/71 e a regulação no Decreto lei 72846/73
defere a obrigatoriedade da orientação educacional,em colaboração com
educadores, familiares e a comunidade em geral. Normatiza na escala superior
o profissional orientador, mas, como ferramenta do ideal tecnicista
americano.
Conclui-se que em nenhuma das leis estabelecidas a
orientação educacional é deferida em nível superior. Mas, sim, o
aperfeiçoamento profissional e das idéias da orientação, no sentido,
de pô-la de maneira coerente com as exigências educacionais. Ao passo que a
orientação educacional, ajuda o aluno a compreensão de si, do outro e do meio,
exercendo no caso uma função educativa e em constante transformação, ao mesmo
tempo sob o domínio da elite dominante que maestra as leis
mais para seus caprichos políticos e capitalistas, deixando a orientação
educacional indefinida.